segunda-feira, 19 de março de 2012

Pessoal em "versos íntimos"

Essa é a primeira vez que vou postar algo sem antes escrever no caderno, passar a limpo, ou reler hm
okay...

   Esses dia tenho vivido no meu próprio mundo paralelo... não sei... me perdi nos meus próprios pensamentos, nas minhas ideias... e já não sei mais em que penso, o que me afeta, o que constrói.
 Paro no meu quarto, tocando notas lentas em um violão desafinado que não sei tocar, sentindo uma musica triste, devagar.
    Ando sensível, preso em uma sensibilidade em que eu mesmo censuro, por medo da fraqueza que acompanha essa.. essa... eu não sei... por isso costumo escrever antes, mas do que importa? Se no final todas estas vozes soaram sinceras, porem esta mesmo que desconexa, ainda pura.

  E ainda hoje, na aula de literatura, o professor recita um poema de Augusto dos Anjos, vem com esta:

              Versos Íntimos
Vês?! Ninguém assistiu ao formidável 
Enterro da tua ultima quimera.
Somente a ingratidão - esta  pantera
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fosforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro.
A mão que afaga é a mesma que apedreja 

Se alguém causa  inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija.

       Entre reações de nojo de garotas e brincadeiras dos caras, eu me vi, em trechos, em realidades em que me encontro.
posso rir, brincar, tirar onda, mas me sinto só, em certos momentos, fora de controle, não agora, agora estou bem, apenas desconexa... conexo. Só assim pra fazer de mim palavras.Não é na desilusão amorosa que o señor professor fala que estou -não, de forma alguma- é no solo, no enterro da quimera, no costume a lama.
     Mas tenho o consolo, esperança, nas minha cartas para Pietra...